livros de biologia inadequados

 

A biologia é a ciência dominante e, frequentemente a única, que é ensinada na África do Sul.

 

Contudo, os livros são inadequados e os professores mal preparados – segundo refere o Professor Wieland Gevers, presidente da Academia de Ciência da África do Sul

 

“A maior parte dos livros utilizados pelos professores de biologia não faz menção à evolução – a teoria unificadora da biologia.“

 

Por essa razão, Gevers e dois colegas escreveram um novo livro de texto que inclui 23 páginas sobre a evolução - um livro que não teve sucesso comercial, sobretudo se comparado com as vendas dos velhos livros advogando a visão criacionista

 

Gevers refere que os livros abordando a perspectiva evolucionista têm causado alguns problemas, e que os pais e professores preferiram deixá-los fora do syllabus. O que, na sua perspectiva, corresponde a negar às crianças a compreensão dos conceitos biológicos mais básicos.

 

E diz Gevers:

“Se não pudermos compreender a evolução dos organismos ao longo da própria evolução humana, como se poderá esperar que se compreenda a SIDA, e a mutação do vírus ?

Estes são conceitos fundamentais que qualquer criança da escola primária deveria compreender. “

 

“Será possível que um estudante de física ignore as leis de Newton ?

É que, se assim for, caso ele construa uma ponte ignorando Newton, eu certamente não a atravessarei.

 

Por isso, como é que um estudante de biologia poderá ignorar a evolução ? “

há 160,000 anos

Photo © 2000 David L. Brill, Brill Atlanta)

 

 

Fósseis de crânios com mais de 160,000 anos descobertos na Etiópia

 

resumo traduzido de artigo

 por Robert Sanders (11 June 2003)

 

BERKELEY - Os crânios fossilizados de 2 adultos e uma criança descobertos na região de Afar (leste da Etiópia) foram datados como sendo de há 160,000 anos. O que os torna os mais antigos fósseis conhecidos dos modernos humanos - ou Homo sapiens

 

os crânios, escavados perto da aldeia Herto, vêm preencher um importante vazio nos registos do fóssil humano … e, segundo os biólogos que escrutinam a evolução humana, estes fósseis datam precisamente da época predita para a existência de uma EVA genética - uma Eva que, vivendo algures em África, viria a dar origem a todos os modernos humanos

 

"Faltavam-nos fósseis intermédios entre os pré-humanos e os modernos humanos - entre 100,000 e 300,000 anos atrás - e é aí que se inserem os fósseis de Herto." - diz o paleoantropologista Tim White, professor da Universidade da Califórnia (Berkeley) e co-lider da equipa que escavou e analisou o local da descoberta. "Agora, os registos fósseis encadeiam-se com as evidencias moleculares."

 

"com estes crânios, podemos agora visualizar como eram os nossos directos antepassados"- acrescenta ele.

 

"Os fósseis Herto - bem datados e anatomicamente diagnosticados - são não- neanderthal, sem sombra de dúvida" assegura F. Clark Howell professor emeritus da UC e co-director do laboratório de Estudos Evolucionários Humanos (Berkeley) que acrescenta - "Isto constitui uma descoberta científica verdadeiramente revolucionária."

 

Cientistas pesquisando a evolução humana através de alterações no DNA mitocondrial, que passa de mãe para filha, estimam que os genes mitocondriais dos humanos derivam de uma mãe ancestral, alcunhada EVA, que viveu em África há cerca de 150,000 anos atrás. Outros cientistas estudando o cromossoma Y (macho) chegaram igualmente às mesmas conclusões. Os novos fósseis Herto são de uma população que viveu exactamente nessa altura.

 

"De certa maneira, era impossível testar estes achados genéticos sem um bom registo fóssil de África" - diz Tim White. "Quando em 1982, Becky Cann e Allan Wilson da UC (Berkeley) começaram a utilizar moléculas para estudar a evolução (humana), eles concluíram que os ancestrais comuns a todos os modernos humanos viveram em África. Num período entre 100,000 e 200,000 anos atrás.

 

E há 20 anos que andamos à procura de boas e bem datadas evidencias fósseis dessa antiguidade."

Dr. Berhane Asfaw

 

Rift Valley

Research Service

 

Addis Ababa, Etiópia

crânio da criança Herto

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Matias Ntundo

o genoma humano e áfrica

A criança de Herto

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