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barragens em cascata
… e quando um dia houver necessidade de se pensar a barragem de Mphanda Nkuwa, ou qualquer outra ao longo do Zambeze, não mais será possível ignorar-se toda a cascata de barragens em que ela se inserirá – e os riscos que a conjugação comporta.
E, apenas por mera questão de informação, talvez valha a pena realçar algumas linhas gerais do que modernamente é prescrito em regulamentos e normas aplicáveis ao projecto de barragens em série.
Por exemplo, como hipoteticamente em Mphanda Nkuwa, no caso de barragens a jusante cujas albufeiras não tenham capacidade disponível para absorver a cheia proveniente da ruptura da barragem a montante, excedendo-se portanto a capacidade de descarga dos órgãos de segurança, dois critérios de design são possíveis: (1) a barragem é em betão e admite-se o galgamento da mesma pela cheia excedente que deverá ser tida em consideração na propagação para o vale a jusante; (2) a barragem é em betão e admite-se a respectiva ruptura, ou é em aterro e a respectiva ruptura será mesmo inevitável.
Por outro lado, no caso de um cenário de ocorrência de um sismo de intensidade elevada e âmbito regional (caso Zambeze por exemplo) deverá considerar-se que todas as barragens do vale possam sofrer a ruptura, sem cheia inicial e com as albufeiras com o nível inicial correspondente aos respectivos NPA (Nível de Pleno Armazenamento).
Para a elaboração do Plano de Emergência externo, ou do vale a jusante, as autoridades da protecção civil deverão receber os resultados dos diferentes estudos dos Cenários Potenciais de Risco Hidrodinâmico elaborados pelos responsáveis das sucessivas barragens em série (Kariba, Cahora Bassa e Mepanda Uncua), incluindo, em cada um dos casos, os efeitos a jusante.
josé lopes
notas avulsas inspiradas em Emergências e Gestão do Risco (de A. Betâmio de Almeida) uma de muitas publicações disponíveis on-line na mina Sítio do Risco
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