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Mogovolas – um cluster amendoim?
desde há meses que Mogovolas é palco dos primeiros encontros da confraria do amendoim e, a pedido da organização, aqui vos passo alguma coisa sobre os trabalhos.
Desde logo, situe-se o contexto destes encontros virtuais:
. inquietada pela erupção do mega-spin biodiesel, e em particular com a pouca importância oficialmente atribuída à oleaginosa deles, a confraria CDOIM considerou oportuno aclarar o papel do amendoim como elemento na cadeia de valor-acrescentado de Nampula, e investigar a sustentabilidade de um cluster biodiesel em Mogovolas.
Como pano de fundo, a CDOIM recorre às mais de 45,000 toneladas de amendoim produzidas anualmente em Nampula (31% da produção de Moçambique) e à privilegiada posição de Mogovolas face à geografia de consumo de diesel convencional na província (transportes rodoviários, explorações agrícolas, frota pesqueira e maquinaria em uso na extracção de titânio na zona de Moma, entre outros); ao invés de elucubrações globalistas, a CDOIM sugere apostas locais.
A abertura dos encontros CDOIM foi precedida de uma singela homenagem a Rudolph Diesel e Expedito Parente, dois dos grandes impulsionadores do valor acrescentado das oleaginosas, após o que se deu imediato início aos trabalhos com uma exaustiva revisão e análise de alguns documentos fundacionais.
Subsequentemente, e agora sob a forma de cerrado debate, os trabalhos da CDOIM centraram-se nas hipotéticas dinâmicas da hierarquia mercadológica do amendoim (farmacêutico, químico, alimentar e energético), nos méritos e deméritos de outras fuel-oleaginosas com especial destaque para a popular Jatropha Curcas, nos créditos de carbono e CDMs instituídos em Kyoto, nas várias certificações biodiesel, nas questões da Terra da Água e Modos de Produção, e nas tentações de modificações genéticas. Muito en passant, a meu pedido a CDOIM abordou a questão de um alegado impacto ambiental do amendoim na minha flora intestinal.
Embora proficuidade tenha sido coisa que não faltou aos debates, a incógnita quanto ao papel do governo na sustentação de um cluster amendoim não permitiu que a confraria chegasse a consenso quanto a imediatas resoluções práticas, tendo-se optado por uma suspensão dos trabalhos até que mais luz fosse feita sobre esta crucial matéria:
que subvenções se perfilam para o etanol e biodiesel?
No encerramento destes encontros, a CDOIM anunciou a imediata constituição de um grupo de trabalho virtual que, no prazo de semanas, deverá apresentar um modelo de simulação paradimensional configurando o pluriverso amendoim.
Na ocasião, a CDOIM reiterou a sua inabalável convicção quanto ao valor do amendoim no mercado futuro das mercadorias multi-valentes (farmacêutico, químico, alimentar e energético), e comprometeu-se a investir 10% dos seus créditos de carbono num Centro de Promoção das Oleaginosas, em Nametil.
Formalizada a suspensão dos trabalhos, os participantes foram obsequiados com um cocktail de amendoins e caju*.
josé lopes setembro 2007 Nametil/Mogovolas
* - Caju? mas como é que o caju aparece aqui? Só faltava que o caroço de algodão e a noz de coco também aparecessem …
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alguns dos autores e/ou documentos consultados em Mogovolas:
Expedito Parente (vários) Jose Roberto Moreira (vários) Mckinsey - Betting on Biofuels Mozambique Biofuels Assessment (draft) UNICA (vários) José Negrão (Indispensável Terra Africana) Jatropha Curcas L. in Africa (jatropha.org) Joseph Hanlon (debate sobre terra em Moz) van Eijck & Romijn (Tanzania - Jatropha) South Africa Industrial Biofuels Strategy (draft) ABN– Agrofuels in Africa (Benin, Tanzania, Uganda, Zambia) OECD - Biofuels: Is the Cure worse than the disease?
Ministério Energia (Moz) 2007 - apresentações Oslo e Bruxelas
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Jeremias Langa (14 Set 2007) Director, semanário O País |
Nanofuels
já muito cheio de amendoim, um dos confrades deixou saber que a CDoim não desdenhava uma próxima investida nos nanocombustíveis.
Segundo o desbocado, ao invés de se queimar mega- clusters de combustível, talvez fosse preferível misturar milhões de simples moléculas de nanofuel com o ar aquando da combustão.
Este processo, cuja investigação é desde há tempos liderada pela China, aumenta a probabilidade de combinação das moléculas de combustível e oxigénio, e daí uma maior velocidade de queima.
Segundo refere o People's Daily Online, a investigação nanofuel, que actualmente decorre sob intenso escrutínio científico, conduziu já à comercialização de alguns aditivos marketizados como mitigadores de emissões e propulsores de intensidades energéticas em combustíveis tradicionais.
Num outro desenvolvimento, a Bridgestone incita o actual bilião de automobilistas da Terra a verificarem a pressão dos seus vários pneus – segundo eles, pressões correctas poderão poupar mais de 10% do actual consumo de combustíveis fósseis. |
ht? |