a MOZAL e o SPL

 

a Mozal dedicou a terceira sessão deste seu meeting à questão do perigoso resíduo SPL (spent pot lining). Uma louvável iniciativa que permitiu aos participantes melhor perceberem a natureza do problema, e o modo como a Mozal espera resolver a questão.

 

A Mozal anunciou que já havia dado início à exportação de SPL para a África do Sul por via terrestre em camiões especializados.

 

A alumineira informou ainda que estes dejectos juntar-se-ão aos dos outros dois smelters da mesma BHP Billiton (Hillside e Bayside, na zona de Richards Bay) numa central de britagem que alimentará os fornos das cimenteiras da PPC (Portland Cement) segundo processos industriais que as empresas consideram tecnica e ambientalmente adequados - e licenciados pelos DEAT e DWAF sul-africanos.

 

Recorde-se entretanto que, nesta altura (outubro 2004), estamos a falar de quantidades irrisórias de SPL, se comparadas com as dezenas de milhar de toneladas que aí vêm tão logo se iniciem as cíclicas decapagens dos fornos. Ou seja, dentro de momentos.

 

Por isto mesmo interessava-me saber se a Mozal continuaria a apostar na exportação como a solução para o seu SPL.

 

Sobretudo porque, a prazo, me parece haver alguns riscos na hipótese; por um lado, porque o tratamento via cimenteiras da PPC ainda carece de maturação e, por outro, porque este não é exactamente um comércio "simpático" sob ponto vista transfronteiriço - e por isso normalmente susceptível a circunstâncias políticas.

 

Nesse quadro, e considerando que a Mozal Fase 3 parece já estar à porta - ou seja mais 250,000 toneladas a somar às actuais 500,000 da Mozal 1 e 2 - eu perguntei à Mozal qual seria o seu plano de contingência caso, por qualquer razão, a exportação de SPL para a África do Sul fosse impedida?

 

Em resposta, o Director - Geral da Mozal fez uma breve enunciação das modernas alternativas técnicas disponíveis para o tratamento do SPL - que não aquela que a BHP Billiton está a utilizar -, e daquilo que considerou serem os seus elevados custos.

 

Ele admitiu ainda que a Mozal não dispunha de planos de contingência SPL dado que não se prevêem alterações ao actual estado de coisas.

 

 

josé lopes

 

auditório TDM

meeting Mozal 28 outubro 2004

 

 

obs.: recorde-se que no meeting de 18 Março 2004, a Mozal havia confirmado que não utilizaria a lixeira de Mavoco para armazenar SPL - e que a solução de stockagem em edifícios próprios não seria económica.

 

a 28 de outubro aconteceu mais uma reunião de partes interessadas e afectadas pela Mozal.

 

outra vez um auditório repleto - à volta de 200 pessoas, na sua maioria estudantes.

 

consegui colocar algumas questões     

mozal - uma acta de outubro 28

photo john short

 

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